segunda-feira, 25 de julho de 2011




Quando vou parar de me culpar pelo fim?
Quando vou parar de achar que fui a única culpada?
Quando vou parar de chorar pelos sonhos perdidos?
Quando vou parar e acordar pra realidade?
Esta dura realidade de que tudo acabou e que devo recomeçar.

domingo, 24 de julho de 2011

E que seja permanente essa vontade

de ir além daquilo que me espera...

Como Vinícius cantou.. "é melhor viver do que ser feliz". Porque, pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável...

A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, doi demaais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. 

Vai passar...

quinta-feira, 14 de julho de 2011



Deixe para lá, eu vou achar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para vocês dois
Não se esqueça de mim, eu aposto que vou lembrar de você dizer:
“Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere em vez disso”



Someone Like You
Adele

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Separação...



Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vínicos de Moraes 


Talvez não devemos estar felizes.
Talvez gratidão… não tem nada a ver com alegria.
Talvez estar grato signifique saber o que você tem e para que serve…
Admirar o esforço que leva simplesmente para ser humano.
Talvez sejamos gratos pelas coisas familiares que conhecemos.
E talvez sejamos gratos pelas coisas que nunca conheceremos.
No final do dia, o fato de termos a coragem de ainda estarmos de pé… é a razão suficiente para comemorarmos.
Meredith (Grey’s  Anatomy)  

segunda-feira, 4 de julho de 2011



 A Lucidez perigosa 




Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
Assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
– já me aconteceu antes.
Pois sei que
– em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade –
essa clareza de realidade
é um risco.
Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.

(Clarice Lispector)

domingo, 3 de julho de 2011




Prece


dá-me a lucidez das
correntezas para que eu descubra
entre as tristezas que se
avolumam algum
sorriso mesmo
que não seja para mim

dá-me a serenidade de uma
estrela para que eu imagine
entre as lágrimas que não
me deixam qualquer
paz ainda
que breve

dá-me a claridade das
luas cheias para que eu invente
entre as angústias que se esparramam um
horizonte mesmo
que se transmude em ilusão

dá-me a esperança das
árvores para que eu teça
entre as ausências que se
imensificam uma sanidade ainda
que estofada de
delírios


Adair Carvalhais Júnior
(Minas Gerais)
 

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